No vazio das horas, solidão me invade,
Artista triste, no peito um nó apertado,
Sem família, amigos raros ao meu lado,
Na dor profunda de uma vida abalada.
Apenas minha filha, luz do meu ser,
Meus cachorros leais, fiéis companheiros,
Meu refúgio, meu consolo verdadeiro,
Neste mundo em que a dor parece crescer.
Encontro paz no meu pomar sereno,
Onde a natureza me estende a mão,
E a arte, meu escape, é o meu terreno.
Na tela, crio cores de emoção,
Entre tintas e pincéis, me sinto pleno,
Em cada traço, liberto o coração.
Rodrigo Pires Cardozo
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